quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A gente não tem obrigação de se apaixonar, de gostar de chocolate, de manter as unhas grandes, de ter - ou de manter - o cabelo grande e liso. A gente não precisa gostar de Beatles, nem ser puritano a ponto de condenar todas as bandas de rock dizendo que elas são de outro mundo. A gente não precisa saber dar cambalhota, sorrir de ponta a ponta, convencer qualquer um com um estalar de dedos. A gente não tem que sair rindo na foto, viver de acordo com os padrões e se sentir bem durante o tempo todo. E também não tem que disfarçar a tristeza, caso ela exista. A gente não tem que se sentir inteiro o tempo todo, nem que saber fazer bola de sabão perfeita, nem que deitar no sofá e ficar vendo tv. Nem tem que socializar com os pais, que ser perfeito, que não ter defeito, que com todo mundo saber lidar. A gente tem - isso sim - que ser real. E a nossa única obrigação na vida - que Deus e você me perdoem - é somente não deixar de ser nada além da gente mesmo.

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